O tradicional palco do Guairinha, em Curitiba, recebe, nesta sexta-feira (14), sábado (15) e domingo (16), o espetáculo “A Lenda das Cataratas”. A montagem da Curitiba Cia. de Dança, é inspirado na lenda indígena sobre a formação das Cataratas do Iguaçu e conta a emocionante história de Naipi e Tarobá, dois jovens apaixonados, cuja coragem e sacrifício deram origem à grandiosidade das águas.

Com direção e concepção de Nicole Vanoni, o espetáculo tem nova coreografia assinada por Jaime Bernardes e traz dois convidados conhecidos do segmento como protagonistas, o dançarino paulista Vitor Rosa, no papel de Tarobá, e a carioca Marta Batista, como Naipi.
“Esse foi o primeiro grande espetáculo que estreamos, em 2014. Agora, 10 anos depois, trazemos a releitura dessa linda história, com coreografias inéditas e uma parceria especial com a Sanepar, marcando também o Mês Mundial da Água e promovendo conscientização ambiental, em uma celebração da arte e da água como fonte de vida, cultura e história”
comenta Nicole Vanoni, diretora da Curitiba Cia. de Dança.
A obra coreográfica investiga, dentro de uma dramaturgia corporal, os códigos da dança contemporânea, buscando traduzir elementos corpóreos e sensitivos que possam expressar a ideia que inspirou sua criação.

A Lenda das Cataratas
O espetáculo de dança contemporânea tem como inspiração a lenda indígena que conta a formação das Cataratas do Iguaçu: antes de tudo o rio Iguaçu era calmo e corria sem nenhuma catarata e nas margens desse rio existia uma tribo de Índios Caingangues. Essa tribo adorava o deus Tupã e seu filho, deus Mboi, um deus em forma de serpente que vivia nas águas do rio Iguaçu.
Os índios desta tribo ofereciam como sacrifício para o deus Mboi as Virgens mais belas da tribo, até que certo dia, Naipi, filha do cacique Igobi, uma índia dona de uma beleza tão grande que as águas do rio paravam toda vez que ela se olhava nele, foi escolhida para ser destinada ao deus Mboi.
Durante o ritual de consagração de Naipi para o deus cobra, enquanto o cacique e pajé bebiam o cauim (bebida de milho fermentado), o jovem guerreiro Tarobá, que era apaixonado por Naipi, fugiu com ela dentro de uma canoa pelo rio. Ao saber da fuga, Mboi ficou furioso e penetrou nas entranhas da terra, se contorcendo e produzindo uma enorme fenda que acabou formando as cataratas. Naipi e Tarobá são envolvidos pelas águas e nunca mais são vistos.

A lenda ainda diz que Naipi foi transformada na rocha central das cataratas, a qual é constantemente açoitada pelas águas revoltas do rio Iguaçu, e Tarobá foi transformado em uma palmeira que está na ponta de um abismo, pendendo sobre a garganta do rio.
Abaixo da palmeira existe uma gruta onde o deus vingativo Mboi vigia eternamente os dois amantes vítimas de seu ódio, que estão presos tão próximos um ao outro, mas sem poder estar realmente juntos. A lenda fala acima de tudo sobre o amor, sua inocência, pureza e emoção.

Ingressos
As apresentações de “A Lenda das Cataratas” ocorrem às 20h, na sexta e no sábado, e às 18h, no domingo. Os ingressos estão à venda pelo Disk Ingressos com valores a partir de R$25 (meia-entrada) + taxa .
