Reconhecido mundialmente pela grandiosidade e pelo impacto visual de seus trabalhos, o artista Eduardo Kobra está executando, em Curitiba, aquela que deve ser a segunda maior obra de sua carreira. Com 5 mil metros quadrados, ‘Ciclos’, vai transformar os enormes silos da fábrica de farinhas Anaconda em uma enorme pintura a céu aberto. Veja o vídeo abaixo.

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Fotos: Carlos Erick Sosa Fuliotti/Reprodução.

Esta é a maior obra do artista em solo paranaense. “Isto me enche de orgulho, porque sei da importância dessa cidade e também do valor dos artistas da street art local, a quem respeito muito”, comenta. “Também é a primeira vez que pinto uma obra que abarca simultaneamente dez silos. Tanto as dimensões como o formato são um desafio que tornam este trabalho ainda mais interessante para mim.”

“Quero destacar aqui os processos, do plantio do trigo à produção do pão, que fazem com que este alimento universal chegue à mesa das pessoas”

diz Kobra.

‘Ciclos’ envolverá dez dos grandes silos mantidos pela empresa. Nesse espaço diferenciado, Kobra vai ilustrar as três fases principais que simbolizam a transformação do cereal em icônico alimento. Na primeira imagem, calejadas mãos estarão trabalhando na colheita do trigo. Na segunda, será mostrada a farinha manuseada e transformada em massa para o pão. Por fim, a cena final exaltará o pão já assado em um gesto de oferecimento.

A obra é uma iniciativa do Moinho Anaconda, tradicional empresa do setor de alimentos, e é produzida nas instalações da unidade de Curitiba, no bairro Jardim Botânico, pertencente à empresa desde 1957. Prestes a completar 75 anos, a Anaconda se consolidou como um nome de confiança na indústria de farinhas, sempre inovando em seus processos e garantindo a qualidade de seus produtos. Sua localização estratégica no coração de Curitiba contribui para a conexão com os principais centros de distribuição e o facilitado a fornecedores e clientes.

“É com grande satisfação que o Moinho Anaconda apresenta um artista de tamanha expertise e renome internacional para esta iniciativa, uma homenagem à cidade que nos acolhe com tanto carinho há décadas”

diz Maximiliano Piermartiri, Diretor-Presidente do Moinho Anaconda.

Não é a primeira vez que Kobra empresta seu talento para ressaltar um processo produtivo de alimentos. Na sua maior obra, por exemplo, que desde 2017 detém o recorde de maior mural do mundo segundo o Guinness, ele exaltou o cacau e a produção do chocolate — o trabalho fica às margens da Rodovia Castelo Branco, na Região Metropolitana de São Paulo, e mede 5,8 mil metros quadrados.

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Fotos: Cyrillo/Divulgação.

Mais recentemente, no ano ado, ele executou na cidade de São Paulo um mural chamado de ‘A Arte da Lavoura’, por meio do qual expressou um carinho e uma gratidão especial àqueles que se dedicam à agricultura, garantindo a produção de alimentos.

“No caso desta obra em Curitiba, quero mostrar o trigo que é transformado em pão, mas também valorizar o trabalhador, aquele que cultiva a matéria-prima, aquele que trabalha na fábrica de farinha, aquele que faz o pão”, destaca. “E devemos nos lembrar de todo o simbolismo do pão para a humanidade: é praticamente sinônimo de alimento e, como vemos na Bíblia, está ligado às ideias de partilha, de comunidade, de fraternidade”, finaliza o artista.

“Este projeto, que muito nos honra, faz parte das comemorações dos 75 anos da empresa, a serem celebrados em 2026. Produzir farinha de alta qualidade é uma arte, e envolve conhecimento e experiência, atributos muito alinhados com a iniciativa”, comenta Isa Telles, Gerente de Marketing e Trade do Moinho Anaconda.

Veja como está ficando a pintura

Um vídeo feito por Carlos Erick Sosa Fuliotti, que produz materiais com drone e publica nas redes sociais, mostra o avanço da obra de Eduardo Kobra nos silos da Anaconda. Veja como está a pintura: