Prefeitura de Curitiba cria Plano Municipal de Combate à Dengue e ampliação dos mutirões; confira

Primeiro mutirão de recolhimento de resíduos vai acontecer na próxima sexta-feira, dia 17 de janeiro, no bairro Cajuru


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Foto: Pedro Ribas/SMCS

A Prefeitura de Curitiba determinou a criação de um Plano Municipal de Combate à Dengue com ações intersetoriais para consolidar e ampliar as estratégias de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Entre as ações previstas, estão a ampliação dos mutirões de recolhimento de resíduos, que vão acontecer duas vezes por semana na cidade. 

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A decisão foi tomada na reunião realizada nesta segunda-feira (13), na Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que também contou com a participação das secretarias do Governo, da Comunicação Social, do Meio Ambiente e do Urbanismo.

“Nós só vamos vencer esse desafio, esse problema de saúde pública nacional, em conjunto. A Prefeitura está se organizando, está preparada intersetorialmente, mas nós precisamos do apoio das famílias, das pessoas da cidade de Curitiba para, em conjunto, enfrentar essa situação”

afirmou o prefeito Eduardo Pimentel.

De acordo com Pimentel, a ação intersetorial da prefeitura deve ser ampliada também para as secretarias da Educação, de Segurança Alimentar e Nutricional, para o Desenvolvimento da Região Metropolitana de Curitiba e de Defesa Social, a FAS, a Guarda Municipal e as istrações regionais.

“Vamos investir em estratégias permanentes de combate à dengue, desde o monitoramento do mosquito transmissor, até ações assistenciais de saúde, mantendo nossos mutirões de coleta, mas reforçando também a sensibilização da população em relação a responsabilidade de cada um neste enfrentamento”

disse.

Proteção

Além de priorizar o combate ao Aedes aegypti, eliminando a água parada, o prefeito reforçou a necessidade de as pessoas adotarem o hábito de usar repelentes para evitar a picada do mosquito infectado.

Segundo Pimentel, haverá ampliação das campanhas de conscientização para a utilização frequente do repelente e, para auxiliar nessa proteção individual, ele anunciou a redução do preço do repelente nos Armazéns da Família, que ará a custar R$ 9,49 nos próximos dias.

A secretária municipal da Saúde, Tatiane Filipak, reuniu sua equipe gerencial para demonstrar a complexidade do enfrentamento à dengue, desde o monitoramento da presença do mosquito Aedes aegypti até as ações de assistência, com um planejamento robusto de retaguarda de atendimento, insumos e atualização permanente de protocolos assistenciais.

Tatiane destacou a importância de contar com o prefeito liderando a mobilização contra a dengue e o trabalho intersetorial para manter a segurança da população, mas destacou a necessidade de o cidadão entrar nessa frente de batalha.

“O mosquito se adaptou e atualmente temos mais casos internos do que importados. O mosquito está em nossas casas e quintais e eu, cidadão, preciso me levantar contra o Aedes e eliminar o risco dentro de casa”

disse Filipak.

Mutirão de recolhimento de resíduos

O primeiro mutirão de recolhimento de resíduos de 2024, organizado em parceria pelas secretarias da Saúde e Meio Ambiente, será realizado na próxima sexta-feira (17), no bairro Cajuru. Os agentes de combate às endemias (ACE) am durante a semana na região onde será realizado o mutirão avisando os moradores sobre a estratégia e o que pode ser descartado. No dia marcado, os caminhões do Meio Ambiente recolhem os materiais inservíveis descartados.

Os mutirões de recolhimento de resíduos são estratégias pontuais e de intervenção diante do acúmulo de materiais nas casas e nos quintais. Curitiba mantém coleta regular de resíduos orgânicos, recicláveis e especiais, dando ao cidadão diversas formas de eliminar entulhos e materiais inservíveis que, além de se tornarem criadouros do mosquito Aedes aegypti, são também ambiente para roedores, insetos, aranhas e outros vetores de doenças.

Em 2024, as secretarias municipais do Meio Ambiente e da Saúde realizaram 89 mutirões, com recolhimento de 1.089 toneladas de resíduos.

Números

Em 2024, foram registrados 17.813 casos de dengue em Curitiba e oito mortes. Foi o primeiro ano em que o número de casos autóctones (em que a contaminação ocorreu na cidade) superou os casos importados (contaminação ocorreu em outros locais). Foram 12.736 autóctones e 5.077 importados em Curitiba em 2024.

Nos primeiros 10 dias de janeiro, Curitiba confirmou três casos importados de dengue e 116 estão em investigação. Apesar do baixo número do momento, a projeção é que 2025 tenha mais registros do que o ano anterior.

Ações de combate à dengue que já são realizadas

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