O Athletico foi condenado, nesta quinta-feira (10), a pagar R$ 150 mil ao analista de desempenho Leonardo Porto, que trabalhou no clube em 2020. O motivo da pena foi uma falsificação de documentos para não pagar, na época, os valores devidos pela rescisão de contrato.
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Porto fazia parte da comissão técnica de Dorival Júnior, que ficou no Furacão de janeiro até agosto daquela temporada. Porém, o acordo era um contrato até o final de 2021. E para não pagar o restante do salário, o Rubro-Negro apresentou um contrato de trabalho falso para tentar ludibriar a Justiça do Trabalho. Pelo menos foi assim que entendeu a 2ª Turma de desembargadores do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR).
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De acordo com a Justiça, o Athletico alegou que o contrato era por prazo indeterminado, enquanto o analista de desempenho apresentou documentos de que o acordo iria até o final de 2021. Diante disso, o Juízo de 1º Grau determinou uma perícia grafodocumentoscópica.
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“A análise especializada concluiu que as páginas 2 e 5 haviam sido substituídas. O laudo apontou inconsistências nas marcas de grampos, decalques ausentes nas páginas 2 e 5, inconsistências de rubricas, ausência de rubrica do trabalhador nas duas folhas, entre outras incoerências”, informou o relatório.
Atitude de má fé do Athletico levou à punição
A defesa do Furacão ainda alegou que o acordo inicial pela demissão foi aceito pelo profissional e que o mesmo teria concordado com a alteração. Porém, o argumento do clube foi rechaçado pelo magistrado.
“Deliberadamente adulterou o documento para reduzir ilicitamente os valores devidos ao reclamante, buscando enriquecimento indevido. Diante desse cenário, não se pode cogitar que o reclamante tenha aceitado qualquer modificação contratual, pois sequer houve manifestação de vontade do trabalhador em aderir a suposta alteração do contrato”, diz trecho do documento.
A decisão judicial cabe recurso por parte do Athletico. Atualmente, Leonardo Porto trabalha como auxiliar-técnico do Fortaleza.
