"Fizemos um ótimo trabalho no Paraná", diz Omar Feitosa ao elogiar Cuca
Omar Feitosa teve desempenho abaixo dos 50% no Tricolor. Foto: Robson Mafra/AGIF/Estadão Conteúdo

Sem clube desde que deixou o Paraná Clube, dias após a eliminação na Série D do Brasileirão, em 13 de agosto, Omar Feitosa teceu elogios ao seu trabalho nesta sua mais recente agem pela Vila Capanema, agora no comando técnico do Tricolor que não atingiu o o à Série C, objetivo fundamental em 2022.

Em entrevista ao programa Primeiro Tempo, da Bandsports, Feitosa elogiou alguns dos grandes treinadores com os quais trabalhou ao longo da sua carreira de preparador físico, e destacou como Cuca foi peça importante para ele dar um novo o rumo à posição de técnico de uma equipe profissional.

“É um desafio. Foi acontecendo com o tempo, fui treinador do juvenil do Athletico, de sub-20, tive sempre proximidade com os treinadores com os quais trabalhei para discutir essa parte tática. Surgiu a oportunidade e o Cuca ajudou. A gente fez um ótimo trabalho no Paraná que, se se organizar, pode voltar a ser o Paraná que sempre foi”, avaliou.

Feitosa também relembrou o começo da sua trajetória no clube, logo depois de um rebaixamento no Campeonato Paranaense e de uma melancólica eliminação na primeira fase da Copa do Brasil – ironicamente, o mesmo algoz neste torneio, o Pouso Alegre-MG, acabou com o sonho paranista de subir para a Série C nacional, meses depois.

“O Paraná Clube vinha de uma situação muito difícil, fazia muito tempo que não ganhava jogos em sequência. Fazia dois meses que não tinha uma vitória importantes, e nós montamos a equipe de forma relativamente rápida, com ajuda do nosso diretor executivo (Pedro Soriano). Fizemos uma competição boa”, afirmou.

Saída e campanha

Sobre sua saída do Tricolor, Feitosa voltou a dizer que ela se deu de comum acordo com a diretoria, sobretudo por conta do calendário paranista para as próximas duas temporadas.

“O fato é que o Paraná só joga em abril e foi consenso de que eu não deveria continuar, eu mesmo achei que não deveria continuar. Fizemos uma competição muito boa porque o Paraná é um time grande e tem uma repercussão nacional muito interessante”, completou ele.

A campanha do Tricolor na Série D foi de altos e baixos, com seis vitórias, cinco empates e três derrotas na primeira fase, o que permitiu ao Paraná ser o segundo colocado no Grupo A7, com 23 pontos. Na etapa seguinte, após dois empates com o FC Cascavel, os paranistas avançaram nos pênaltis. Porém, nas quartas, o time foi eliminado pelo Pouso Alegre, após um empate na Vila e uma derrota por 1 a 0 no Manduzão.

No total, foram 17 jogos, com seis vitórias, sete empates e quatro derrotas – aproveitamento de 49,02%. O time fez 14 gols e sofreu dez.

Embora tenha tido uma das melhores defesas dentre os 32 classificados para a segunda fase, o Paraná sempre enfrentou grande dificuldade em marcar gols, e isso ficou muito claro nas etapas eliminatórias, o que custou a meta do o. Sem isso, a Divisão de o do Campeonato Paranaense, que começa em abril de 2023, é a única competição do clube.

O que vem por aí

Se obtiver o retorno para a elite do futebol paranaense, em 2024 a equipe paranista então terá a oportunidade de, com uma boa campanha no Estadual, buscar vagas tanto na Copa do Brasil quanto na Série D nacional de 2025. Se no lado esportivo o desafio já é grande, fora de campo o andamento da recuperação judicial (RJ) também tem enorme peso no futuro.

Nas últimas semanas, a Justiça vem dando o a várias partes que se colocam como credoras do Paraná, fato que está atrasando a publicação do edital com todos os detalhes da Assembleia Geral, na qual os credores se reúnem para analisar a RJ paranista e decidir se aceitam os termos, ou se sugerem alterações em favor de um acordo com o clube.

Ao pedir descontos entre 90% e 92%, o Tricolor se colocou em uma posição de difícil aprovação da sua proposta, conforme revelou à Banda B o judicial da RJ do Paraná, o advogado Maurício Obladen Aguiar.