O Londrina divulgou, nesta segunda-feira (28), uma nota oficial lamentando um suposto caso de injúria racial em uma partida do Campeonato Paranaense sub-20. O jogador Matheus Costa, segundo o Tubarão, teria sofrido ofensas racistas por parte de um atleta do Paraná Clube. O jogo aconteceu na Vila Olímpica do Boqueirão, em Curitiba, no último sábado (26) e foi válido pela quarta rodada da competição.
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No jogo que terminou 3×1 para o Tricolor, o Tubarão alega que um de seus jogadores tenha sido vítima de ofensas raciais. O clube afirma que “as manifestações racistas foram ouvidas por outros atletas em campo”.
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“Nosso atleta Matheus Costa foi vítima de ofensas raciais proferidas pelo jogador Eduardo Ribas, do Paraná Clube, fato este que foi imediatamente reportado à arbitragem da partida e registrado na súmula oficial do jogo. As manifestações racistas foram ouvidas por outros atletas em campo, que servirão como testemunhas no processo de investigação“, diz um trecho da nota.
Na súmula, o árbitro Cleberton Ponce da Silva relatou que, ao ser informado, prosseguiu com o protocolo antirracista da FIFA, realizando o sinal com os braços cruzados em formato de X, frente ao banco de reservas e depois para o público. Em seguida, o camisa 22 do Tubarão agrediu Matheus Costa, iniciando uma briga generalizada.
O Londrina garante que dará apoio ao atleta e que vai encaminhar uma denúncia formal aos órgãos competentes da Justiça Desportiva. A nota ainda diz que o clube manifesta repúdio “à tentativa de inversão dos fatos, transformando a vítima em acusado”.
Briga generalizada entre Paraná Clube e Londrina
A briga generalizada entre os jogadores, que terminou com oito expulsões, também ficou marcada nesta partida. O Londrina lamentou a situação, e diz que reconhece que houve alteração por parte dos jogadores, mas ressalta “que tais fatos não podem e não devem ser usados para ofuscar a gravidade da injúria racial cometida”.
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Um dos jogadores do Londrina, Kadu publicou nas redes sociais um vídeo comentando o caso. Ele fala que “Se tiver racismo na minha frente, eu pulo na bala mesmo. Não me arrependo de nada, só de não ter batido mais naquele racista”. Veja o vídeo abaixo
Paraná Clube nega atitude do jogador
Em nota, o Paraná Clube alegou que não há evidência de atitude racista de seu jogador, que, juntamente do nutricionista Rafael Gonçalves, foram à Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (DEMAFE) para prestar depoimento e registrar Boletim de Ocorrência em razão da agressão física sofrida em campo. O nutricionista teve o nariz fraturado pelo zagueiro Cadu, que postou o vídeo falando do caso de racismo com o companheiro.
“O Paraná ressalta que não há qualquer evidência ou prova concreta que sustente a acusação mencionada, conforme indica a própria Súmula da Partida, na qual o árbitro descreve que não ouviu relato racista algum, contendo apenas a denúncia do atleta adversário. Ao contrário do que diz a nota da equipe adversária, reforçamos nosso compromisso com o combate ao racismo e com a promoção de um ambiente de respeito no futebol brasileiro. Não aceitaremos, contudo, que acusações sem comprovação manchem a reputação de nossos profissionais ou da nossa instituição“, diz trecho da nota.
