
Horas depois da entrevista coletiva dos principais dirigentes do Paraná Clube, a torcida Fúria Independente, principal organizada do Tricolor, divulgou uma nota oficial bastante crítica e dura, contestando diversos pontos abordados pelo presidente paranista Rubens Ferreira, o Rubão, tratando da eliminação da Série D do Brasileirão.
Defendendo um verdadeiro “basta” diante de mais uma decepção na história recente do clube, a direção da Fúria reconheceu o grande esforço que o torcedor fez para abraçar o Paraná nesta temporada, que teve um rebaixamento estadual e o o para a Série C nacional era visto como uma tábua de salvação.
“Após uma desclassificação pífia no último final de semana, a tristeza é um sentimento aceitável. Na verdade, é impossível não se abater diante de tudo o que está acontecendo. O torcedor paranista deu um exemplo de paixão nessa Série D. Fizemos o que temos certeza que outros jamais fariam. A recompensa foi amarga. Difícil de digerir”, iniciou a nota.
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Sobrou até mesmo para dirigentes do ado, que comandaram Ferroviário, Colorado, Pinheiros, entre outros, estas agremiações que deram origem ao Paraná.
“A incompetência para gerir o clube parece ser o requisito mínimo de quem assume qualquer posto por lá. É um problema herdado já dos clubes fundadores, os mesmos que não tiveram capacidade de tocar suas vidas sozinhos sem apelar para vergonhosas fusões”, acrescentou.
Futuro incerto
Sobre a coletiva de Rubão e demais dirigentes, que também teve a participação do empresário Luiz Alberto Oliveira, dono da LA Sports, parceira do departamento de futebol tricolor nesta temporada, a organizada paranista criticou a postura dos cartolas, que não teria, reconhecido erros, tampouco apresentado um plano para o futuro do clube.
“Não sabemos dizer se estamos com raiva ou com vergonha dos que se apresentaram para falar em nome do Paraná Clube. Muito choro. Muita cláusula de confidencialidade. Muita risadinha. Falta postura. Falta reconhecer erros. Falta bater no peito e afirmar que vai resolver o problema. Pois se está no cargo, tem que ter essa certeza ou pede pra sair fora. Não tem mais espaço pra bunda mole”, prosseguiu.
Os torcedores ainda acusaram Rubão de ter ficado “escondido atrás da idade, da cirurgia e de ‘eu não tinha noção do problema'”, e que o atual mandatário paranista seria o culpado pela “covardia do treinador” Omar Feitosa, algo que seria “um reflexo deste senhor que durante o último mês se escondeu em sua casa na capital paranaense”.
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“Queremos saber – detalhadamente – quais serão os próximos os da diretoria. Estamos à disposição para ajudar no que for preciso. Nosso intuito não é apenas criticar. Ao torcedor, prestem atenção: Alguns ‘paranistas’ mais antigos que viram seus clubes acabarem, podem até achar normal tudo isso, mas nós, paranistas genuínos, não aceitamos o fim do Paraná Clube. Nem hoje. Nem nunca!”, sentenciou.
Por fim, a Fúria promete ser “a resistência” no Tricolor, e que é preciso “construir um clube centenário forte com DNA cascudo” e “um time que não se abate e não desiste”.
“O momento é de nos mobilizarmos e ficarmos ainda mais atentos aos próximos os. O clube não pode ficar largado sozinho nas mãos dos que nos enfiaram no buraco mais fundo de todos. O torcedor tem que chegar mais perto do clube. Meter o pé na porta e fazer parte das decisões. Juntos pelo mesmo ideal. A luta é de todos!”, finalizou a nota.
Leia o comunicado completo da organizada:
“Após uma desclassificação pífia no último final de semana, a tristeza é um sentimento aceitável. Na verdade, é impossível não se abater diante de tudo o que está acontecendo. O torcedor paranista deu um exemplo de paixão nessa Série D. Fizemos o que temos certeza que outros jamais fariam. A recompensa foi amarga. Difícil de digerir.
A incompetência para gerir o clube parece ser o requisito mínimo de quem assume qualquer posto por lá. É um problema herdado já dos clubes fundadores, os mesmos que não tiveram capacidade de tocar suas vidas sozinhos sem apelar para vergonhosas fusões.
Mas falar do ado e ficar se lamentando não vai melhorar o nosso futuro, pelo contrário. Esse tipo de atitude é o que vem nos mantendo nessa situação ano após ano. Ao invés de olharmos para o ado e aprendermos com ele, estamos constantemente transferindo culpas e apontando dedos, mas sem tomar atitudes diferentes dos que aram pelo mesmo caminho anteriormente.
CHEGA!
Assistimos a coletiva de hoje (15/08) e não sabemos dizer se estamos com raiva ou com vergonha dos que se apresentaram para falar em nome do Paraná Clube. Muito choro. Muita cláusula de confidencialidade. Muita risadinha. Falta postura. Falta reconhecer erros. Falta bater no peito e afirmar que vai resolver o problema. Pois se está no cargo, tem que ter essa certeza ou pede pra sair fora. Não tem mais espaço pra bunda mole.
Entre desculpas mal dadas e alegações de desconhecimento, não foi possível enxergar qual é o plano do clube para o futuro – se é que existe um. Escondido atrás da idade, da cirurgia e de “eu não tinha noção do problema”, o presidente Rubens Ferreira Silva mostra que a covardia do treinador é um reflexo deste senhor que durante o último mês se escondeu em sua casa na capital paranaense. Nossa paciência já acabou.
QUEREMOS SABER – DETALHADAMENTE – QUAIS SERÃO OS PRÓXIMOS OS DA DIRETORIA.
Estamos à disposição para ajudar no que for preciso. Nosso intuito não é apenas criticar. Ao torcedor, prestem atenção: Alguns “paranistas” mais antigos que viram seus clubes acabarem, podem até achar normal tudo isso, mas nós, paranistas genuínos, não aceitamos o fim do Paraná Clube. Nem hoje. Nem nunca!
Tá na hora de todo mundo aprender a sofrer e ter o entendimento de que somos a RESISTÊNCIA. Talvez essa luta não seja para que nós colhamos os frutos, mas sim as futuras gerações. Trata-se de construir um clube centenário forte com DNA cascudo. Um time que não se abate e não desiste. Afinal, DESISTIR É MORRER!
O momento é de nos mobilizarmos e ficarmos ainda mais atentos aos próximos os. O clube não pode ficar largado sozinho nas mãos dos que nos enfiaram no buraco mais fundo de todos. O torcedor tem que chegar mais perto do clube. Meter o pé na porta e fazer parte das decisões. Juntos pelo mesmo ideal.
A LUTA É DE TODOS!
SOMOS A FÚRIA!”