O Paraná Clube segue a luta para encontrar um comprador para a sua SAF. Nesta semana, credores e dirigentes tiveram conversas que podem ser consideradas animadoras – mas com os pés no chão, claro. Como o próprio futuro presidente Aílton Barboza de Souza havia dito na Assembleia Geral do dia 28 de outubro, há interessados em fazer negócio. Mas, neste momento, não existe nenhuma proposta oficial para o Tricolor.
Há no momento dois grupos que podem apresentar uma oferta real pela SAF do Paraná Clube. Ambas já estiveram no radar dos interessados nas últimas semanas, mas houve um reaquecimento das conversas nos últimos dias. O primeiro é o grupo que “enviou” Ricardo Rocha para Curitiba no mês ado. O tetracampeão veio conhecer as instalações do Tricolor em nome dos investidores, fez elogios e disse que deveria ser um dos gestores da SAF caso o Paraná realmente fizesse negócio. O empresário Ivan Diniz é o cabeça deste núcleo. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Guilherme Moreira, parceiro da Banda B na cobertura.
O segundo grupo agora tem nome. É o consórcio Gralha Azul, que foi representado pelo fundo de investimentos paulista Yards Capital na conversa com os credores e com o empresário Carlos Werner – agora ‘institucionalizado’ como representante do Paraná Clube nas negociações. O plano do consórcio, que tem como um dos sócios o ex-jogador Zé Roberto, é investir cerca de R$ 370 milhões nos próximos anos. E a ideia é encaminhar o pagamento da grande parte da dívida da recuperação judicial e também priorizar o futebol.
A parte do Paraná Clube
Após as reuniões desta semana, o Paraná Clube e os credores aguardam as propostas oficializadas pelos dois grupos. Inevitavelmente os interessados pela SAF pedirão uma auditoria completa das contas tricolores – sem isso, não sai negócio. Depois, o trâmite é o conhecido: a proposta será analisada pelos comitês (do Paraná e dos credores) e pelo judicial, depois ando pela direção paranista, pelo Conselho Deliberativo e pelo Conselho Normativo antes de ir a Assembleia Geral de Sócios. Apenas após toda essa parte burocrática o acordo vai à Justiça para ser ou não aprovado.
