Por mais que crianças com autismo e Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) precisem de abordagens diferentes para o aprendizado, elas necessitam de interação.

Pais podem ajudar a melhorar aprendizado das crianças. Foto: Pixabay

De acordo com estatística do Center of Deseases Control and Prevention (CDC), órgão do governo dos Estados Unidos: uma a cada 110 crianças têm autismo. Pesquisas indicam ainda que entre 30% e 50% de pacientes com autismo também apresentam Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).

No Brasil, estima-se que existam dois milhões de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). A expectativa é de que em breve, a partir dos resultados do Censo Demográfico 2022, seja apresentado um panorama oficial do autismo no país

Tanto o Autismo quanto o TDAH afetam o desenvolvimento neurológico, e os sinais são visíveis já na infância. Nos dois casos, indivíduos apresentam desatenção, disfunção social e comportamento de difícil manejo. As famílias dessas crianças podem contribuir com a adaptação escolar.

Uma alternativa está em trazer mais informações sobre a criança, para que a escola compreenda melhor o aluno e pense nas melhores adequações.

Desafiador

De acordo com a especialista pedagógica do Sistema Positivo de Ensino Wania Burmester, a escolha de uma escola é sempre desafiadora.

“Quando ele tem algum diagnóstico, essa tarefa se torna ainda mais complexa. O recomendado é que ao entrar na escola, observe atentamente como você é recebido, como seu filho é recebido, como as pessoas tratam umas às outras no ambiente. Esse olhar acolhedor, encantador é um dos pontos mais importantes nessa relação que seu filho terá com a escola, tanto na relação social quanto na emocional”

Wania destaca que para uma criança aprender, ela precisa se sentir bem acolhida e pensar que outras pessoas acreditem nela. “A escola precisa ter um olhar, se debruçar sobre a aprendizagem do seu filho, porque a inclusão acontece quando a criança está bem e feliz, mas também aprendendo”.

Como os pais podem ajudar?

Wania acredita que no momento em que os pais percebem que o trabalho da escola não está de acordo com o que os pais gostariam, a primeira coisa a fazer é refletir. “Pensar se eu enquanto pai estou exagerando no que quero para meu filho, porque temos um instinto de proteção, a sensação de que a escola tem que tratar o filho da mesma forma que os pais e isso não é real”.

Para a especialista, a melhor conduta é ir até a escola e conversar. “Chegar lá, com muita tranquilidade e dizer olha como vocês estão conduzindo nessa situação? Eu gostaria que a conduta fosse essa, é possível? Porque a escola terá a oportunidade de explicar por que agiu de uma forma e não de outra e juntos podem chegar a um consenso”.