A única coisa 100% previsível em relação aos furacões são suas constantes mudanças. Esses fenômenos atmosféricos — formados com a energia das águas quentes e dos ventos, e comuns em regiões como o Oceano Atlântico — representam um desafio para os cidadãos e para os meteorologistas devido à sua instabilidade.

É necessário acompanhar sua trajetória minuto a minuto por meio de radares e satélites para antecipar seu comportamento e, assim, se preparar para qualquer eventualidade que represente um risco à vida e ao patrimônio. Uma das mudanças que mais surpreende meteorologistas e especialistas em clima, porque o motivo ainda não está totalmente claro, é a chamada substituição da parede do olho do furacão.
Este evento, que geralmente ocorre em grandes furacões de categoria 3, 4 e 5, pode mudar o efeito de um ciclone quando atinge terra firme.
Na terça-feira (27), o furacão Ian, um poderoso ciclone de categoria 4 com ventos sustentados de mais de 240 km/h, ou pelo processo de substituição da parede do olho.
Ele fez isso logo após atingir a província de Pinar del Río, em Cuba, e antes de chegar ao Estado da Flórida, nos EUA, onde está causando grandes danos devido aos fortes ventos e uma enorme tempestade.
A parede do olho
A primeira coisa que você precisa saber é que, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos EUA, estes fenômenos atmosféricos têm uma estrutura que é dividida em três partes: o olho, a parede do olho e as faixas de chuva.
Nas faixas de chuva, há nuvens e fortes trovoadas que se movem em espiral, produzindo ventos e, às vezes, tornados. Já o olho é uma área de relativa calma, um centro em torno do qual giram as faixas de precipitação.
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