A gripe e o resfriado são doenças muito frequentes no inverno e nas regiões mais frias. No entanto, poucas pessoas se atentam à rinite, sinusite, bronquite e asma – doenças respiratórias que causam mais queixas no verão. Nos dias mais quentes e de tempo seco, os sintomas surgem com maior frequência, como consequência à baixa umidade do ar.

A taxa considerada ideal para a saúde humana, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 60%. Em períodos mais quentes e de tempo seco, esse índice pode ficar abaixo de 30%, condição que torna o sistema respiratório propenso a quadros de irritação. De acordo com Thiago Sasso, médico otorrinolaringologista do Hospital IPO, as doenças prevalecentes nesses períodos são a rinite e a sinusite, seguidas pela exacerbação da asma e bronquite.
De acordo com o especialista, alguns hábitos adotados no verão podem aumentar as chances da aparição de sintomas, como o uso de ar condicionado.
Como prevenir doenças respiratórias no verão
Com a proximidade da estação mais quente do ano, algumas medidas de prevenção podem ser tomadas. Sabendo que o ar condicionado é um dos principais causadores, realizar a higienização de forma correta pode diminuir os casos. Além disso, Sasso também reforça a importância da hidratação através da ingestão de água ao longo do dia.
“Para aumentar a umidade do ar, podemos utilizar recipientes com água no quarto durante a noite, por exemplo. Outra medida mais elaborada é o uso dos umidificadores e vaporizadores, que costumam ser muito úteis nessa época”,
explica Thiago.
Tratamento
Entretanto, se as alternativas de prevenção não forem suficientes para combater o tempo seco e os sintomas surgirem, o médico afirma que a maioria dos casos pode ser manejada em casa com uma lavagem nasal adequada, com o uso de soro fisiológico, com a hidratação constante e com a umidificação do ambiente.
“Nem todos os pacientes vão conseguir, com medidas mais caseiras, resolver de forma adequada seus sintomas respiratórios. Nesses casos, o ideal é buscar um médico especialista para traçar um plano de tratamento efetivo”, recomenda.
A atenção vai para pessoas que já têm doenças respiratórias, como rinite e sinusite crônicas, idosos e crianças, que costumam ter índices maiores de acometimento, conforme alerta o otorrinolaringologista.