A Polícia Civil de São Paulo suspeita de que os dois homens apontados como envolvidos na morte do engenheiro Francisco Paulo de Sebe Filippo façam parte de uma quadrilha especializada em roubos a residência na cidade de São Paulo.

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O engenheiro, de 57 anos, foi morto na noite de quarta-feira (4) com um tiro na nuca na sala de estar de sua casa na Vila Clementino, próximo ao parque Ibirapuera, zona sul de São Paulo.

Ele estava sozinho no imóvel e a polícia suspeita de latrocínio, o roubo seguido de morte. Os investigadores afirmam ter indícios de que os criminosos sabiam da rotina dele.

Nesta sexta-feira (6), a Polícia Civil matou Wesllen Medeiros da Silva durante troca de tiros na zona leste de São Paulo. Ele teria recebido os policiais à bala, na tentativa de prisão.

A polícia também realizou buscas na casa de William Alex Bueno, suspeito de ter feito o disparo que matou o engenheiro, mas não o encontrou.

No imóvel havia uma camiseta e um boné semelhantes aos usados por um homem gravado por câmera de segurança próximo à casa do engenheiro após o crime.

Ao todo, quatro pessoas teriam entrado na residência usando controle remoto clonado do portão.
Os nomes das outras duas pessoas não foi divulgado.

Na ação desta sexta, na casa onde Wesllen foi encontrado havia outras duas pessoas, que foram detidas, e dois revólveres calibre 38.

No local, foram apreendidos ainda celulares, joias e relógios. Os aparelhos de telefone arão por perícia.

De acordo com o delegado Thiago Delgado, titular da Discat (Delegacia de Policia de Investigações sobre Roubos e Latrocínios), ligada ao Deic (Departamento de Investigações Criminais), eles não participaram da invasão à casa do empresário, mas teriam integrado outros roubos.

Em um desses assaltos, a família do dono de uma rede de pizzarias ficou refém por cerca de 12 horas, em uma casa em Pinheiros, entre os dias 28 e 29 de maio.

As vítimas, além do empresário, eram a mulher dele e dois filhos, crianças. Durante a madrugada, o bando fez transferências bancárias a partir de celulares da família.

O carro, um Hyundai HB20, roubado, é o mesmo usado nas duas ações. Apenas foram trocadas as placas.

A identificação do veículo, filmado por uma câmera de segurança quando o bando deixava a casa do engenheiro na última quarta, ajudou na identificação dos suspeitos.

“Essa é uma investigação técnica, de cunho científico. Eles são os criminosos [que participaram do latrocínio]”, disse Delgado, durante entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira com outros delegados para falar do crime.

Segundo o secretário-adjunto de Segurança Pública, Osvaldo Nico Gonçalves, William e Wesllen têm agens pela polícia por roubo e furto.

Conforme o delegado Sérgio Ricardo da Silva, da, 2ª Delegacia do Patrimônio, a quadrilha é grande e há revezamento entre os ladrões nos assaltos a mão armada, sempre com quatro ou cinco pessoas.

A polícia ainda não sabe por que o engenheiro foi morto, mas diz que ele não teria reagido. “Pode ter tentado fugir, por exemplo”, afirmou Delgado. Estranhou o fato de a ação ter sido rápida, de aproximadamente dez minutos, diferentemente do roubo anterior.