Com a retirada dos estados e municípios do texto-base da Reforma da Previdência, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados, o governador Ratinho Junior pode fazer alterações próprias no regime do Paraná. Em entrevista concedida ao Portal Catve.tv, ele afirmou que o estado tem um déficit que chega a R$ 8 bilhões por ano, o que obriga o governo a fazer algo.

“A arrecadação do estado hoje não acompanha esse volume de pessoas que está se aposentando e que tem direito de receber esse dinheiro. Nós vamos fazer a lição de casa”, disse o governador.
Ratinho lembra que as alterações são necessárias com urgência, uma vez que as pessoas hoje estão vivendo mais. “Isso acontece no mundo inteiro. Em especial no primeiro mundo, hoje é necessário uma modernização do sistema a cada trinta, quarenta anos. Antes, as pessoas morriam com 70 anos de idade, mas a expectativa de vida tem subido para 75, 80. O prazo de vida das pessoas tem aumentado e quem bom que isso tem acontecido. Se não houver bom senso, os estados vão quebrar”, afirmou.
A alternativa de Ratinho para a realização da reforma própria seria a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), que está em discussão no Senado. Com ela, os regimes seriam alterados em todo o país, o que poderia evitar o desgaste de aprovar medidas consideradas impopulares.
Em 2015, o Governo do Paraná aprovou um pacote de medidas fiscais e incluía uma reforma na previdência estadual. Na ocasião, a aprovação ficou marcada pelo conflito no Centro Cívico, que deixou mais de 100 feridos no dia 29 de abril.