Alanderson Fernando Moreira Erdman foi condenado, nesta segunda-feira (28), a 27 anos e um mês de prisão pelo latrocínio — roubo seguido de morte — do estudante de enfermagem Matheus João de Castro Santana, de 20 anos, dentro de um ônibus, em Curitiba, em agosto do ano ado.
Matheus foi assassinado a facadas dentro de um ônibus biarticulado da linha Rui Barbosa/Pinhais e teve o celular roubado pelo réu, que confessou o crime. O estudante chegou a ser socorrido em estado grave ao hospital, mas não resistiu. De acordo com a Polícia Civil, Alanderson tem vários antecedentes criminais relacionados a furtos e roubos e foi preso um dia após o crime.

O juiz César Maranhão de Loyola Furtado citou que a “culpabilidade da conduta do réu se demonstrou agravada, isso porque o sentenciado estava cumprindo pena em regime semiaberto harmonizado com monitoramento eletrônico” quando praticou o crime.
O magistrado também afirmou que o assassinato de Matheus gerou consequências à família, pois o pai “demonstrou completa devastação psicológica”. Além disso, a mãe do jovem “está à base de medicamentos, em estado de profunda depressão, não conseguindo sequer sair de casa”.
A defesa da família afirmou à Banda B que Matheus foi morto por causa de um “celular de apenas R$ 400”. “O criminoso tentou de todas as formas se escusar de responsabilidade. Após o crime, foi em um brechó e trocou de roupas, mas foi descoberto, e o rigor da lei pesou sobre ele. […] Nós, na defesa da vítima e da família, sabemos que infelizmente Matheus não voltará mais, mas esse criminoso, agora atrás das grades, não fará outras vítimas”, disse Jeffrey Chiquini.
O pai de Matheus, Adão Aparecido Santana, disse à reportagem que a esposa segue afastada do trabalho. “Dá sensação de justiça. Ficamos agradecidos pelo empenho da Justiça neste caso, mas não estamos felizes porque não temos o Matheus do lado. A mãe dele [está] à base de medicamentos, afastada do serviço. Causou um dano enorme pra toda a família”, lamentou.
Matheus trabalhava em uma empresa de telemarketing e estava participando de um processo seletivo para ser promovido ao cargo de supervisor. Segundo o pai, ele saía de casa às 7h e retornava por volta das 15h. Em seguida, seguia para a faculdade pedalando.