O jornalista Cristiano Luiz Freitas, encontrado morto em casa, no Jardim das Américas, em Curitiba, pode ter conhecido o suspeito do crime nos últimos dias, segundo o delegado Ivo Viana. O corpo da vítima foi encontrado amarrado e amordaçado, e a investigação segue em andamento para entender a motivação por trás do crime.
“Pelo que a gente pôde apurar ontem no local do crime […], a gente acredita que eles não se conheciam de muito tempo. Talvez tenham se conhecido nos últimos dias. Mas o fato é que eles se conheciam, até porque ele [suspeito] teve a entrada facilitada por uma ação da vítima”, revelou o delegado em entrevista coletiva nesta quarta-feira (5).
O delegado afirmou que a Polícia Civil está investigando o histórico da vítima e seu estilo de vida para entender a motivação do crime. As equipes seguem em diligências para identificar o autor do assassinato, que fugiu em um veículo Hyundai HB20. Além disso, ele destacou que uma das prioridades da investigação é esclarecer a relação entre o jornalista e o suspeito.
“A gente ainda está nos trabalhos iniciais e é um pouco prematuro adiantar alguma coisa. Agora, vamos precisar aguardar o resultado do exame de necropsia para saber qual foi a efetiva causa da morte. Nós já conversamos com pessoas que moram na região, mas não obtivemos relatos de grande relevância”, disse Viana.
O corpo de Cristiano está sendo velado, na manhã desta quarta (5), em uma capela no bairro Rebouças. O enterro está previsto para ocorrer no final da tarde, no Cemitério Municipal Água Verde.
Vítima recebeu suspeito em casa
Cristiano Luiz Freitas, de 48 anos, recebeu em casa um homem de cerca de 25 anos antes de ser encontrado morto, amarrado e amordaçado, na tarde desta terça-feira (4), no bairro Jardim das Américas, em Curitiba. O corpo da vítima foi achado por vizinhos na sala.
Segundo a delegada Magda Hofstaetter, Cristiano marcou um encontro em casa com o jovem, apontado como o principal suspeito do crime. Ele teria fugido por volta das 14h em um veículo Hyundai HB20 de cor prata ou cinza, deixando o portão da residência aberto.
“Não há sinais de arrombamento [na casa], já que, pelo que foi apurado, houve um encontro com essa pessoa, esse amigo da vítima. Possivelmente, toda a situação aconteceu dentro da residência. Mas ainda não se pode apurar qual teria sido o motivo de uma possível discussão entre autor e vítima”, afirmou a delegada.
Os vizinhos do jornalista relataram à polícia e à Banda B que ele morava sozinho na casa desde a morte da mãe, há cerca de sete meses. Além disso, disseram ter ouvido gritos vindos da casa e acionaram a Polícia Militar (PM).
“A PM foi acionada inicialmente para atender a uma situação de violência doméstica. Quando chegaram ao local, se depararam com a vítima já em óbito.”
Delegada Magda Hofstaetter, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Uma ambulância do Corpo de Bombeiros foi acionada pelos vizinhos, mas a vítima já estava morta quando a equipe chegou ao local.
Além de estar com os braços amarrados para trás e uma fita adesiva na boca, o jornalista apresentava sinais de estrangulamento. “A princípio, não foi encontrado nenhum outro tipo de ferimento além dos sinais de esganadura, mas é a perícia que vai poder apurar se há outros ferimentos”, acrescentou a delegada.
A Polícia Civil informou que já está analisando imagens de câmeras de segurança instaladas na região.
