A quadrilha que foi alvo de uma operação policial nesta sexta-feira (6), por suspeita de envolvimento em um esquema que fraudava locações de veículos em Curitiba e região metropolitana, removia os rastreadores para levar os carros para o Paraguai. O prejuízo estimado até o momento já ultraa R$ 1 milhão. Cinco pessoas foram presas.
“Ao todo, apuramos 11 veículos que eles haviam subtraído e foram encaminhados para outro país. Todos os veículos eram novos e custavam acima de R$ 100 mil. A gente estima um prejuízo de R$ 1 milhão até agora. Esses veículos não possuíam seguro, e o prejuízo era ado integralmente pelas locadoras”, explicou o delegado Felipe Boffo.

Até o momento, seis carros já foram recuperados pela polícia, incluindo um que foi localizado na manhã desta sexta (6). O esquema contava com “laranjas” que alugavam os veículos, enquanto outros integrantes do grupo atuavam como articuladores, recrutando esses terceiros para executar a fraude.
De acordo com a Polícia Civil, os agentes cumpriram dez mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária pelos crimes de associação criminosa, estelionato e falsa comunicação de crime.
“Os criminosos também tinham o modus operandi de tirar o rastreador do veículo antes de levarem [para outros estados ou país] e ligá-los em baterias auxiliares pra ludibriar o proprietário do veículo, que pensava que estava no Paraná”, explicou o delegado.
A investigação teve início em fevereiro deste ano e identificou que o grupo utilizava terceiros — popularmente conhecidos como “laranjas” — para alugar os veículos. Após a locação, os veículos eram levados até regiões próximas à fronteira entre o Brasil e o Paraguai, nos estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul.
“Quando os automóveis se aproximavam da área fronteiriça, os integrantes da organização orientavam os “laranjas” a registrar falsas ocorrências de roubo a fim de dificultar a rastreabilidade e encobrir o desvio dos veículos”, explica a delegada Anna Karyne Turbay, que conduziu a investigação.
A polícia continua apurando se há mais veículos envolvidos e ampliando as buscas para desarticular completamente o grupo.