Um ciclista que sofreu uma fratura exposta na perna após ser atropelado no bairro Campo de Santana, em Curitiba, na noite do dia 30 de maio, deu a própria versão dos fatos. Ele não disse que jogou tijolo no carro e afirmou ter sido vítima de uma tentativa de agressão com o carro, após uma discussão no trânsito. O caso, que também envolveu o capotamento de um Renault Sandero, aconteceu no cruzamento das ruas Alda Bassete Bertholdi e Maria Luzardi Bertoldi.
A versão do motorista do Sandero era a única informação sobre a confusão. O homem contou que tudo começou com uma “distração no trânsito”. Ele alegou ter ido atrás do ciclista para pedir desculpas e que, durante a abordagem, o homem teria jogado um tijolo na cabeça da esposa dele, o que teria provocado o descontrole do carro e o atropelamento.
No entanto, em depoimento à Banda B, o ciclista ferido contou uma história diferente, afirmando que foi ameaçado e depois atropelado intencionalmente. Ele relatou que estava voltando de um comércio quando tudo começou.
“Eu saí pra comprar cigarro, e quando eu estava voltando da distribuidora, eu levei uma fechada. Parei e abri os braços tipo ‘o que foi?’, nisso ele ameaçou de jogar o carro pra cima de mim. Como eu não tinha como me defender, coloquei a bike na frente”
contou o ciclista.
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Segundo ele, após o primeiro desentendimento, o motorista deu a volta na rotatória e desapareceu, mas reapareceu na esquina da casa do ciclista, momento em que a situação escalou.
“Fui pra casa com um pensamento de que eu queria saber quem era e por que queria me atropelar. Mas quando cheguei na esquina de casa, ele parou o carro. Como eu não sabia quem estava com ele, e o que ele ia fazer, no nervosismo acabei desferindo um soco no vidro do ageiro. Foi quando ele acelerou, deu um cavalinho de pau e veio com tudo pro meu lado”
afirmou.
Fratura exposta
Na sequência, o ciclista conta que tentou se proteger atrás de entulhos, mas não conseguiu evitar o impacto.
“Como não sabia o que fazer, me escondi atrás de um monte de meio fio que tinha. Mas mesmo assim ele veio bem acelerado e jogou o carro pra cima de mim, fazendo com que acontecesse a fratura exposta. No qual poderia ter resultado em morte”
desabafou.
Além da gravidade do ferimento, o ciclista também afirmou ser uma pessoa trabalhadora. “Sou um cara trabalhador e minha esposa é pensionista do INSS por problema de saúde”.
A Polícia Civil apura o caso, que ainda está sob investigação. O ciclista permanece em recuperação.
